O Brasil é um dos países mais ensolarados do mundo e possui tamanho continental, fatores que contribuem para que estejamos entres os líderes em energia solar fotovoltaica no mundo. Essas características geram oportunidades estratégicas nas esferas ambiental e socioeconômica.
As negociações no setor seguem em desenvolvimento e apresentam taxas positivas, elevando o país da 21º posição, em 2017, para a 16º posição no ranking mundial, em 2019. Os desafios são muitos e as oportunidades seguem a mesma linha
No ano em que o Brasil atinge 9 gigawatts (GW) de potência operacional, um êxito histórico para o nosso país, é similarmente o período dos maiores desafios econômicos à serem enfrentados e, a energia solar, tem sido de grande valia para defrontar a crise.
No âmbito fotovoltaico, os gráficos seguem em curva ascendente e atualmente são mais de 470 mil sistemas fotovoltaicos conectados à rede e mais de 596 mil unidades consumidoras recebendo os créditos pelo sistema de compensação de energia elétrica.
Segundo o infográfico apresentado pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar), foram gerados mais de 264 mil novos postos de trabalho e estima- se que mais de R$ 46,4 bilhões em investimentos privados foram empregados no setor. Já os valores em arrecadação de tributos, ligados a atividade, chegam a R$ 12,3 bilhões no período. Os números são expressivos, ainda mais em um momento onde o desemprego afeta a população em escala global
Caso as regras vigentes sejam mantidas, a previsão até 2035 é de 672 mil novos empregos e uma média de R$ 25 bilhões em nova arrecadação, até 2027, para os governos. No que tange a redução da emissão de poluentes atmosféricos e materiais que prejudicam a saúde da população, a emissão de mais de 75,38 milhões de toneladas de CO2 poderá ser evitada através da energia solar.
No atual cenário, a implantação de energia solar concentra-se em residências, representando 74,9 % dos sistemas em funcionamento, no entanto o comércio, industrias, propriedades rurais, entre outros locais, também utilizam dessa fonte sustentável e econômica para contrapor os reflexos negativos que estamos atravessando.
Hoje, o Brasil necessita importar 4,4 % da energia que consome, sendo que a solar corresponde a somente 1,8% do total da matriz energética brasileira. No momento, o uso do recurso hídrico predomina e é responsável por 59,5% da produção de energia no país.
A matriz elétrica brasileira necessita diversificar suas fontes urgentemente, é vital para o país sortir os recursos que produzem nossa energia e nossas riquezas.
Em síntese, o Brasil é refém da água e das termoelétricas para gerar energia. O governo emite alertas de risco hídrico com frequência e, tenta exaustivamente evitar racionamento de energia e suas consequências. É eminente a necessidade de reverter esse quadro com urgência e fazer novas apostas para o seguimento.
A energia solar é limpa e alivia os reservatórios hidrelétricos diminuindo a necessidade de acionamento das termoelétricas, que são poluentes e caras, trazendo segurança e mais diversidade de suprimento à matriz elétrica brasileira
Portanto, é essencial a revisão das políticas energéticas praticadas e a adoção imediata e, com força, de fontes renováveis de geração em nosso país para que o sistema seja moderno, autossuficiente e não poluente.
Fonte: Absolar